TEXTO 1

 

Quando o novo milênio oficialmente começou?

 

Poderíamos pensar que esta é uma questão relativamente fácil de responder. Na realidade, este é um tópico largamente debatido. Alguns dizem que o novo milênio começou em 1º de janeiro de 2000; outros dizem que começou em 1º de janeiro de 2001; outras pessoas afirmam que o novo milênio já passou há mais tempo. O único ponto em que parecem concordar é na definição de milênio: um período de 1000 anos. As questões e argumentos para as várias datas do novo milênio estão resumidamente dispostas abaixo:

 

1º de Janeiro de 2000 (a solução do matemático): O argumento é o seguinte: O novo milênio deveria, necessariamente, começar depois do período anterior de 1000 anos estar completo. Começando do zero, o primeiro ano do milênio completou-se em 31 de dezembro do ano zero, ou, em outras palavras, em primeiro de janeiro do ano 1, exatamente um ano foi completado. Seguindo esta lógica, o primeiro século completou-se dia 1º de janeiro de 100, o primeiro milênio em 1º de janeiro de 1000 e o segundo milênio em 1º de janeiro de 2000. Em outras palavras, em 1º de janeiro de 2000 iniciou-se o novo milênio. Esta contagem comporta-se da maneira como contamos nossas datas. Nós celebramos nosso primeiro aniversário não exatamente no dia em que nascemos, mas no dia em que completamos um ano da nossa vida. Quando fazemos um ano, vivemos exatamente um ano. Ou, por analogia, quando nosso mundo fez 2000 anos, ele teria "vivido" 2000 anos, completando dois milênios e estando pronto para entrar no terceiro.

 

1º de janeiro de 2001 (sabedoria convencional): Enquanto o argumento acima detém certo apelo racional, ele depende do início da contagem do tempo a partir do "ano zero". O calendário moderno, na verdade, não começou com um "ano zero". O crédito (ou descrédito) do calendário moderno é dado a um monge do século VI de nome Dionysius Exiguss (Dionísio o Curto), que foi comissionado pelo Papa João I para criar uma cronologia do tempo. Dionísio estimou o nascimento de Cristo em 753 AUC (a partir da fundação de Roma), e então reiniciou o tempo a partir do nascimento de Cristo como ano 1 AD (AD quer dizer Anno Domini ou "o ano do Senhor" - DC no Brasil). Na verdade, quando Dionísio criou esta nova contagem de tempo, o conceito inteiro do "ano zero" nem sequer existiu. De acordo com isso, desde que começamos com o ano 1, o primeiro ano será completado no final do ano 1, o primeiro século no final do ano 100, o primeiro milênio no final do ano 1000 e o segundo milênio no final do ano 2000. Por esta lógica, em 1º de janeiro de 2001 teríamos completado exatamente dois mil anos e estaríamos próximos a entrar no terceiro milênio. Esta é a visão convencional que foi endossada pela Biblioteca do Congresso e pelo Bureau Nacional de Padrões e Tecnologia americanos. Similarmente, o Observatório Real de Greenwich, em Cambridge, Inglaterra, decretou que o primeiro dia do milênio caiu em 1º de janeiro de 2001.

 

O novo milênio já passou? O problema com ambas as argumentações anteriores é que iniciam a contagem do tempo a partir da estimativa de Dionísio do ano do nascimento de Jesus, seja ele ano Zero ou Um. Infelizmente, estudiosos modernos concordam que Dionísio estava errado. Mesmo que não haja certeza de quando Jesus nasceu, a fração de tempo geralmente aceita está em algum lugar entre 7 e 4 AC (Antes de Cristo - contagem negativa). A maioria dos estudiosos acredita que foi 4 AC, o mesmo ano em que Herodes o Grande morreu. Quanto Dionísio errou? Realmente, não foi culpa dele. Dionísio criou sua nova cronologia de tempo em 525 DC, mais de 500 anos depois do nascimento de Jesus. Dionísio usou as escrituras de Mateus e Lucas como guias para calcular o nascimento de Cristo em 753 do velho calendário romano (753 AUC). Mas de acordo com Mateus e Lucas, Jesus nasceu no ano em que Herodes o Grande morreu, que estudiosos concordam ser 4 AC (o historiador contemporâneo Flavian Josephus relatou que a morte de Herodes ocorreu logo após o eclipse lunar de 12 e 13 de março do ano 4 AC). Para aumentar a confusão, existe o fato de que Lucas sugere que Jesus nasceu enquanto Quirino era governador da Síria, mas os estudiosos colocam o reinado de Quirino como iniciado no ano 6 ou 7 DC. Mas um romano de nome Quintillius estava no comando da Judéia de 6 a 4 AC, dando a entender que talvez Lucas tenha interpretado mal Quintillius e Quirinius quando escreveu suas escrituras, 70 anos mais tarde. Mas hoje, com séculos de sabedoria histórica, a maioria dos estudiosos estabelece o nascimento de Jesus em algum lugar no período de 7 a 4 AC. Dois mil anos após 1º de janeiro de 7 AC até 31 de dezembro de 4 AC cairia no dia primeiro de janeiro de 1997 (lembre-se de que não houve "ano zero"). Assim, pela maioria das contas, o segundo milênio do nascimento de Cristo foi, em todos os casos, concluído em 31 de dezembro de 1997!

 

Não deveríamos estar contando o nascimento de Jesus do dia 25 de dezembro do ano em relevância? Não. Novamente, ninguém sabe exatamente quando Jesus nasceu. Estudiosos dizem que a Igreja arbitrariamente selecionou o dia 25 de dezembro como o aniversário de Jesus para que certas festas pagãs do solstício de inverno fossem contrariadas ou esquecidas. Quando o novo milênio se inicia para os não-cristãos? A cronologia de tempo ligada ao "ano do Senhor" tem, obviamente, tornado-se uma norma aceita internacionalmente. Mas esta cronologia é meramente aceita como uma conveniência por muitas culturas que não aceitam o Cristianismo. Na verdade, muitas culturas têm seus próprios calendários separados da cronologia AC/DC. Abaixo está um resumo de algumas dessas alternativas: Chineses: para alguns dos 1,2 bilhões de chineses neste mundo, o ano 2000 foi o ano 4698 pelo calendário lunar chinês (ou o 17º ano do 78º ciclo). Judeus: os judeus datam seu calendário a partir da criação. E o ano 2000 foi o ano 5760 deles. Islâmicos: o calendário dos islâmicos inicia-se quando Maomé saiu de Meca para Medina em 622 DC e segue os ciclos da lua em vez do sol (o ano deles tem apenas 354 dias). O ano 2000 foi próximo do ano 1420 deles. Nativos da Selva de Andaman (Índia): esses caras nem sequer usam um calendário. Eles se baseiam no cheiro das flores e das árvores para saber em qual data (época) do ano estão. O ano 2000 seria uma mudança especial nos odores, que marcaria a mudança temporal. Hindus: os hindus estão na metade do ciclo do seu calendário, que acaba com a destruição do mundo. Mas a destruição está a 350.000 anos à frente ainda...

 

(Traduzido de https://www.countdown2000.com/a_moment_in_time/body_a_moment_in_time.html

por Jefferson Fonseca Moreira - Ctba, 1999;

atualizado por Sérgio Fuck Jr.)

 


TEXTO 2

 

(Pra quem se lembra do filme “hollywoodiano” “Proposta Indecente”, aqui vai uma antiversão do original, vinculada às nossas questões de reflexão: tempo, espaço, humanidade, natureza... vida!)

 

Proposta decente aos geógrafos

 

"... qualquer pessoa que examine o mundo ao redor de si é, de algum modo, um geógrafo." (David Lowenthal)

 

Por: Sérgio César de França Fuck Júnior (geógrafo) – Fortaleza-Ceará, 1996 (atualizado)

 

Você está muito preocupado com a sua vida e com o seu futuro, ao adentrarmos no novo milênio? Pense:

 

Vivemos numa fase de grandes transformações na História da Humanidade. A Globalização e a Pós-Modernidade estão aí... Porém, o século XXI não começou no ano 2000!

 

Há tantos físicos teóricos loucos tentando descobrir a verdade do Universo, e outros tantos profetas malucos do Apocalipse querendo nos fornecer a solução final... Contudo, o século XXI não começou no ano 2000!!

 

... Muitas contradições filosóficas e comportamentos psicológicos distintos; vários mundos em um só Universo e vários universos em um só mundo... Todavia, o século XXI não começou no ano 2000!!!

 

O que isto significa? Uma apologia do fim - ou do “reinício” - do mundo? É o fim da História; o fim da Geografia? Claro que não! É simples: o século XXI somente se iniciou em 1º de janeiro de 2001! E será que alguma coisa mudou com o final do século XX e o início do século XXI? Não, nada! (exceto por problemas banais criados pelo próprio Homem!)...

 

Priorizamos a técnica, artificializamos o tempo, desnaturalizando-o, “desumanizando” também o espaço ecumênico, em detrimento da fraternidade. Personificamos as coisas materiais e coisificamos a nós próprios... A tal ponto de, atualmente, considerarmos a tecnologia como sinônimo de humanização!

 

... Relógio, datas, calendário... Instrumentos úteis para nos situarmos no tempo, histórica e astronomicamente, mas que não podem definir os desígnios de nossas vidas! Portanto, que tal as descomplicarmos um pouco?

 

Na verdade, não importa quando se iniciou o século XXI ocidental, o novo milênio (fato polêmico que a “mídia”, apocalíptica ou não, soube muito bem explorar)! Importemo-nos com a realidade das Sociedades existentes, com o Espaço terrestre – nossa morada –, procurando transformar o presente da Humanidade em liberdade, felicidade e amor! Deus se orgulharia de seus filhos (se assim desejarem crer...)!

 

Apreendamos o conhecimento adquirido por nossos antepassados e o aperfeiçoemos. Não nos preocupemos, pois, somente com nossos problemas pessoais (muitos dos quais puramente egoísticos), e tentemos planejar nossas vidas para trabalhar coletivamente, procurando vivê-las um dia de cada vez, saboreando todos os momentos, e destes extraindo experiências para ajudarmos a nós mesmos e aos outros (e à nossa Natureza, sem a qual nem estaríamos aqui!). Desta forma, poderemos melhorar o nosso futuro.

 

Filosofar é alertar! Pense, sempre! (Você é um profissional membro da suposta elite intelectual de nosso “país de caipiras”, e tem a obrigação de trabalhar por todos eles... E por você mesmo, também! Geógrafo seja bem-vindo... Não ao mundo do trabalho, mas ao mundo real!).

 

 

 TEXTO 3

 

2001 (em diante): uma Odisséia no espaço geográfico!

(“Nunca mais esperaremos Tonga entrar no próximo milênio... Nem o ‘bug’!”)

 

A vida pela vida! O universo por si só!

(Deus, do ideal anárquico-comunista à realidade capitalista neoliberal... um manifesto existencial!)

 

Por: Sérgio César de França Fuck Júnior (geógrafo) – Fortaleza-Ceará, 1997 (atualizado)

 

Estou cada vez mais convencido da não existência de um Deus. É triste ter que admitir isso, mas a verdade tem que prevalecer. E não é por “represália” a uma vida não tão boa como se poderia ter; trata-se, apenas, de vivências e de constatações pessoais sobre o tema “religiosidade”.

 

O homem, desde o período de sua evolução em que começava a ter um raciocínio “lógico” (porém, “não-crítico”), Era do Homo erectus, concebeu a idéia de “deuses”, criadores de tudo o que os seus olhos viam e que os seus demais sentidos lhe indicavam, pois sua “ciência” não podia explicar isto. Portanto, é basicamente da “natureza do homem” tentar entender o mundo, o “como” e o “porque” de estarmos aqui, e para onde “iremos”. E não há explicação “lógica” e “racional” mais simples e fácil do que afirmar: “Foi Deus!”. Desta forma, o conceito e sentimento divinos acompanharam quase todos os povos humanos até hoje, servindo-lhes de aconchego, acalento, consolo, e até mesmo para justificar tudo o que o próprio homem fazia e faz, seja o que for.

 

Não existem deuses, diabos, espíritos ou semelhantes. O que há é o ser humano que, embora civilizado pela história, em sua essência ainda é um animal, como os demais. O seu desenvolvimento evolutivo, morfológico e fisiológico, levou-o também às atuais mudanças cognitivas (de sua inteligência), tornando-o supostamente o ser racional que domina o nosso planeta. Puro engano! A natureza é a única e soberana força que há! O homem é filho dela, e nela está contido. Subjugamo-la até certo ponto, fruto de nossa técnica e ciência cada vez mais abrangentes, mas sempre dependeremos dela e dos seus “recursos”. Não nos iludamos! Alcançamos um “limite”! O homem é o provedor do “bem” e do “mal”! Que civilização é esta em que a esmagadora maioria dos humanos vive como verdadeiros animais irracionais? Tirou-se, pela “Evolução Social”, a possibilidade do homem de ser selvagem, para jogá-lo numa “selva civilizatória”, no qual torna-se alienado e indefeso!?! Portanto, o “limite” que a História nos coloca é este: não somos mais “animais selvagens” para vivermos “à míngua”. Se quisermos “civilização”, desenvolvimento, tecnologia, “progresso”, teremos que rever nossa interação com a natureza, incluindo aí todos os seres humanos, não-humanos (e os elementos abióticos) da nossa Biosfera, pois esta é única, e é o nosso “último refúgio”. Controle familiar de natalidade, produção de alimentos suficientes e acessíveis a todos e educação “pessoal”, em princípio, seriam os “primeiros passos” para levar-nos a um “bom caminho”; “passos” estes que, continuadamente, transformariam sobremaneira a forma de existência do homem na Terra. Assim, atingiríamos uma reprodução biossocial com distribuição mais eqüitativa das benesses humanas (com ou sem uma mudança revolucionária do sistema social)!


A religião, neste contexto, torna-se “um mal necessário à Humanidade”, pois “doutrina-nos”, e nos impõe o que é “bom” ou “mau”, impedindo-nos, deste modo, de “retornarmos às nossas raízes instintivas e selvagens”, ajudando a nos “domesticar”. Capaz até mesmo de trazer “felicidade” a muitas pessoas. Devemos enaltecer os ensinamentos cristãos e quaisquer outros voltados à bondade e à humildade humanas, como a “Teologia da Libertação” e o “Socialismo Cristão” - ambos católicos -, embora este último possa parecer uma grande e hipócrita “farsa social”. Temos que rechaçar pentecostalismos – que induzem psicologicamente os miseráveis a mais miséria, física e mental – e muitas das lendas do Velho Testamento hebreu, entre outras “verdades divinas”, que justificaram racismo e escravidão negra (“Caim e Abel”), inferioridade feminina (poligamia masculina “oficializada” etc.), entre outros descalabros passados e presentes. Ao contrário do que pressupunha o “Iluminismo” da burguesia intelectual do século XVIII, o homem não é um ser dotado naturalmente de “bondade” (Rousseau), e as características tanto inatas quanto sociais é que nos tornam diferentes uns dos outros. Mas, devemos lutar por igualdade de direitos e deveres, pois a cidadania é a nossa única garantia de segurança real! Se a sociedade nos corrompe é porque nós mesmos somos esta sociedade, que pode tudo degenerar, capaz de transformar ideais louváveis comunistas e cristãos em “stalinismos” absurdos e em Santas (e malditas) Inquisições!

 

É uma pena, porém, que o Homo sapiens sapiens, ao se “humanizar”, tenha que viver numa “realidade ilusória”, não aproveitando o seu imenso potencial intelectual para praticar a “bondade”, “nua e cruamente”. Alguns afirmam que a morte é uma “seleção natural”, deturpando o conceito darwinista; ou que “é a vontade de Deus!”. Milhões de seres humanos morrendo de fome, de doenças e em guerras é “natural”??! Deus quer isto??! Onde estão a solidariedade e o sentimento de religiosidade nestes instantes? Continuaremos a “remediar o irremediável”? Podemos nos “dedicar” aos deuses, ou “cuidarmos” apenas da “Ecologia” (excluindo o “homem-social”), enquanto um ser magnífico criado pela natureza do planeta Terra, o ser humano, está sendo destruído por seus próprios semelhantes?? Isto é “canibalismo”! Até quando iremos usufruir devastadoramente da natureza e do próprio homem, a ponto de chegarmos a nos reproduzir desta maneira (biológica e socialmente), e com múltiplas degradações ambientais, causando a falta de condições existenciais que hoje se vê?

 

Provavelmente, à medida que formos desvendando mais o Universo (e até encontrando vida em outros astros), mudaremos muitos conceitos religiosos, científicos e filosóficos que ora possuímos. Não conhecemos tudo o que existe; sequer talvez possamos algum dia conhecê-lo. O “sentimento divino” nos acompanhará enquanto existirmos como “vida pensante”, pois estamos contidos em uma imensidão “assombrosa” e quase inexplicável! Nossos sentidos não captam “naturalmente” tudo o que conhecemos, por isso teorizamos e inventamos aparelhos que os substituem, em muitos casos. Porém, supor que exista algo além da matéria e da energia “concretas” no Universo, algo como uma “Energia Pensante”, é “fugir um pouco da realidade” (mesmo sem qualquer preconceito cultural, é difícil não ser “meio-positivista” ao analisar esta realidade).


Mas, uma questão é intrigante: para onde “caminha” a Humanidade? O que faremos daqui a poucos anos, quando tivermos uma população absurdamente inviável à sobrevivência e nosso planeta já não possuir “recursos não-renováveis” a nos oferecer? A descoberta de novas fontes energéticas “renováveis” será o suficiente para continuarmos o “progresso da Humanidade” (mesmo se captadas em outros mundos)? Teremos “espaço físico habitável” para a nossa sobrevivência? A Genética poderá nos assegurar alimentos (e vida) em quantidade e qualidade satisfatórias? Temos também que investir em “recursos humanos”, ou melhor, em pessoas, em sua “formação”, além de investirmos na técnica! A questão do desenvolvimento também passa por aí. “Sustentável” sim, mas tanto no âmbito “natural” quanto no “social”. Na verdade, ambos são indissociáveis! Por isso, poderia haver um “socialismo”, um comunismo real, solidário, sem que se dependesse de nenhum governo. Precisaríamos apenas de poucas leis básicas, para regularmos nossa vida comunitária, nossa cotidianidade, em sociedades não-consumistas. Poderíamos ser felizes, sem governos, religiões ou países (John Lennon já nos fez sonhar com isto, com a sua “Imagine”, e Albert Einstein nos alertou: “não sei se haverá uma terceira guerra mundial, e como será; mas a quarta, se houver, será com paus e pedras!”). Mas isto é improvável, pela própria condição existencial do homem: “lobo do homem” e “bom selvagem” ao mesmo tempo! Seja como for, o bom convívio tem que partir da mente consciente de cada ser humano, onde o amor ao próximo será a única solução para prolongarmos nossa existência. Caso contrário, o homem conseguirá se autodestruir... A Terra continuará, de uma forma ou de outra, a “viver” e a produzir a vida. Cabe ao homem, ser inteligente e talvez a maior criação da natureza, o seu próprio futuro.

 

Pensa-se que alguns países europeus, sobretudo, tenham alcançado um padrão de civilização quase ideal: crescimentos “vegetativos” populacionais estacionários ou em pequeno decréscimo; ações ecológicas efetivas e um capitalismo “equilibrado”. Mas, isto tem um preço! Como se fora uma moderna concepção da Teoria do Espaço Vital, de Friedrich Ratzel, o “ex-Terceiro Mundo” paga-o com o neoimperialismo “mercadológico” que existe hoje, sendo dependente técnica e financeiramente dos países “desenvolvidos”. É certo que todos os países podem ter condições de desenvolvimento satisfatórias, independentemente da etnia do seu povo, de suas condições geográficas e culturais etc., mas isto demanda tempo e dinheiro (enquanto capital), enfim, criação de riquezas; investimentos em educação, pesquisa e tecnologia, no transcorrer de algumas gerações... Isto, porém, não nos impede de integrarmo-nos ao atual capitalismo mundializado. Pelo contrário, devemos utilizar estes fluxos de conhecimentos e de mercadorias globais em nosso benefício imediato, implicando no respeito aos direitos básicos dos cidadãos pelo Estado que, afinal, existe para defendê-los e não para excluí-los do “mundo moderno”.

 

Um planeta Terra em que os homens vivam sem exploradores e explorados, mas com “mutualismo solidário”, até mesmo com capitalismo “consciente”, e que mantenham harmonia e respeito à natureza - que saberia lhes “retribuir”, dando-lhes condições à vida -, é praticamente (e infelizmente) uma utopia, seja qual for o sistema político utilizado! Mas o homem sábio não pode desistir do ideal de querer propiciar vida digna, bem-estar e educação a todos os seus semelhantes, que perpetuariam este ideal... Aí sim, quem sabe, com um “mundo maravilhoso”, Deus poderia surgir e exclamar: “Meus filhos, amo vocês!”. Teríamos então e finalmente “alcançado a luz”!!! (Precisaria haver um Deus para isso!?).

 

 

A resposta é um loop infinito (cíclica):
Deus criou o Universo;
que criou o Homem;
que criou a Deus...

(basta escolher a frase de início que melhor se adeqüe à sua idiossincrasia!)

;^)

 

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